CASTAS - Alvarinho Rebouça | Luís Euclides Rodrigues

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A CASTA ALVARINHO

A casta Alvarinho é aclamada unanimemente como um das castas brancas mais nobres de Portugal. É uma casta muito antiga que é quase exclusiva em Monção e Melgaço, uma pequena parte da Região dos Vinhos Verdes, ao longo do vale do rio Minho que tem fronteira com a Espanha no noroeste do país.

Os vinhos Alvarinho foram famosos em Portugal durante décadas. Num país onde predominantemente se loteiam vinhos (uma mistura de várias variedades), o vinho Alvarinho foi o primeiro monocasta a alcançar fama, não só devido à qualidade e personalidade, mas também por causa dos preços altos que atinge no mercado.

O preço do vinho é devido a uma das características desta uva: sua raridade e baixo rendimento. Cresce em cachos pequenos, abertos e frequentemente alados por desenvolvimento do segundo cacho, de bago pequeno e uvas douradas que às vezes têm nuances rosadas quando bem maduro, mas tem um rendimento pequeno, mil quilos de uva produz somente 500 a 550 litros de vinho. De fato, a boa maturação é uma das vantagens do Alvarinho, enquanto originem de vinhos que facilmente alcançam 13 ou 13,5% em álcool uma ocorrência rara no Vinhos região de Verdes.

Começou a ser cultivado em Monção, na década de 1930. Naquele tempo as famílias faziam 100 a 200 litros por ano, para consumo próprio. Só nos anos sessenta é que a produção de Vinho Alvarinho foi industrializada.

Os vinhos Alvarinho têm um intenso aroma, com sugestões de citrino (lima, limão) e notas tropicais (manga, fruta da paixão). São geralmente encorpados e com uma ligeira acidez que lhes permite evoluir favoravelmente na garrafa. Um Alvarinho deve preferencialmente ser bebido durante os quatro ou cinco anos depois da colheita, o que não acontece com a maioria vinhos brancos portugueses.


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